Qua, 29 de janeiro de 2020, 15:20

Depoimento do Matheus Francisco de Oliveira
2018-2019

Ter feito uma iniciação científica com o tema de motores elétricos foi algo que realmente mudou a forma com que eu penso como deve atuar o engenheiro e o cientista, pois ao contrário da sala de aula, onde temos dezenas de livros, exercícios e estudos de caso, quando você faz parte de um grupo de pesquisa o que você busca não está completamente desenvolvido ou difundido, as vezes sequer feito e testado, de forma que leva-o a fazer uso do método cientifico e ter a proatividade de buscar na literatura e montar uma hipótese que seja empiricamente testável, fazer experimentos, eliminar hipóteses não verdadeiras, de forma que chegue numa conclusão de maneira estatística, se autocorrigindo e refazendo todo esse processo, assim, ao longo do período de tempo que passei com o grupo de pesquisa consegui adquirir, mesmo que de forma incompleta, um senso crítico sobre os resultados e como as coisas funcionam.

Outrossim, ter estudado falhas em motores elétricos, e fazendo uso de ferramentas como processamento de sinal, coisas normalmente abordadas em curso de engenharia elétrica foi uma experiência curiosa, pois ao mesmo tempo que acreditava não ser possível ser mais difícil e abstrato me aprofundar nisso também era instigante, pois cada vez mais eu queria me aprofundar em como usar ferramentas como Wavelets, Fast Fourier Transform, Filtros Digitais em detecção de falha e transformar isso em algo economicamente viável para indústrias.

Assim, eu acredito que a experiência com o grupo de pesquisa e com o tema da minha iniciação científica conseguiu me levar de um ponto como estudante e pessoa a outro completamente diferente, onde a maior ferramenta é uma visão crítica e que a única que forma de fazer as coisas acontecerem é você fazer com que elas aconteçam.

Matheus Francisco de Oliveira

Estudante de Engenharia Mecânica

Ex-aluno de Iniciação Científica

29 de agosto de 2019


Notícias UFS